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Depois de passar alguns dias na região central de Cracóvia, fomos visitar as Minas de Sal de Wieliczka. Apesar de não serem muito procuradas pelos turistas, como o campo de concentração de Auschwitz, as Minas estão na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco e, só por isso, imaginávamos que a visita valeria a pena.

Como chegar?

Conforme comentei no primeiro post sobre a Polônia, alugamos um carro para facilitar todos os passeios. Por isso, o percurso de Cracóvia até as Minas de Sal foi bem fácil. No total são 15 km, que a gente fez em 25-30 minutos. Andei pesquisando um pouquinho e vi que também há opções para quem não pretende alugar carro:

Excursão

Neste caso, você não precisa se preocupar com nada. Eles levam e trazem de volta ao ponto de encontro. Essa é opção mais confortável, mas a mais cara. O preço varia de acordo com cada empresa, mas está em torno de 120 PLN (cerca de R$ 120). Neste valor geralmente estão inclusos transporte, guia de língua portuguesa e entrada, claro.

Trem

Quem deseja ir de trem, é preciso embarcar na estação central de Cracóvia (Dworzec Główny PKP Kraków) e descer na estação Wieliczka Rynek Kopalnia.

Ônibus

O ponto de partida fica ao lado da Galeria Krakowska e o número do ônibus é 304. Essa é a opção mais barata, mas leve em conta que você também gastará mais tempo para chegar, já que, neste caso, há muitas paradas.

Como é a visita?

Na entrada, pegamos uma pequena fila para comprar os ingressos e escolhemos o horário mais próximo. O bilhete equivale a um tour em grupo no idioma de preferência. Infelizmente, eles não disponibilizam tour em português. Por isso, optamos pelo inglês. Mas também tem a opção de fazer o tour em italiano, espanhol, francês, alemão e russo.
Dos 327 metros de profundidade e mais de 300 km de túneis e galerias que a Mina possui – eu nem consigo imaginar o tamanho e a complexidade disso tudo – o passeio percorre apenas 2 km e dura em torno de 2 horas.

Começamos descendo a escadaria de madeira de 380 degraus – tive que pesquisar esse número no Google, porque a verdade é que no dia eu perdi a conta. Parecia interminável!

Quando cheguei lá embaixo, a sensação era que ali funcionava uma pequena cidade com total infraestrutura: água, luz, restaurante, igrejas e lojas, etc. Sabendo que tudo foi construído a partir de uma rocha, dá para ter uma ideia de quantos mineiros trabalharam e morreram ali ao longo de tantos anos de escavação.

Segundo o nosso guia, a origem da Mina de Sal é do século 13, quando começou a ser explorada. Essa data faz dela uma das mais antigas do mundo. Atualmente, pode não parecer uma grande riqueza, mas, como sabemos, antigamente o sal era fundamental para o desenvolvimento de economias, tão importante quanto a própria moeda, sendo pivô de guerras e revoltas.

Percorrendo os túneis e salões, encontramos dezenas de esculturas em pedra de sal esculpidas pelos próprios mineradores. Muitas homenageiam personalidades importantes da Cracóvia, santos e, claro, os próprios mineiros que passaram por ali. Alguns dos salões criam cenários que contam um pouco da realidade da época das escavações: como faziam para abrir novos túneis, como transportavam as pedras e madeiras, quais materiais utilizavam para extrair o sal da mina etc.

Capela de sal de St. Kinga

No final do tour – e confesso que já estava cansada de tanto andar –, finalmente chegamos na parte mais impressionante do passeio: a Capela de St. Kinga. Isso mesmo, uma capela dentro da mina, a 101 m abaixo da terra, construída com tudo que uma capela tem direito: altar, lustres, painéis religiosos, imagens de santos… e, como sempre, absolutamente tudo feito de sal. Ela é tão incrível que, felizmente, o guia nos permitiu passar uns 10 minutinhos ali, só pra gente admirar de perto cada detalhe.

Só pra finalizar, preciso comentar que a volta à superfície causa uma certa adrenalina, hahaha… É que o elevador é um daqueles autênticos de mina, que provavelmente vocês já viram em filmes. Pequeno, fechado, escuro e, apesar de tudo, sobe a uma velocidade super-rápida. Essa talvez seja a única parte complicada da visita para quem tem claustrofobia. Fora isso, apesar de ser uma mina e estar a tantos metros de profundidade, os túneis e instalações lá embaixo são superamplos e iluminados. 😉

Informações gerais

Site: http://www.wieliczka-saltmine.com

Endereço: Entrada Danilowicz Shaft – ul. Daniłowicza 10 – 32-020 Wieliczka

Horário de funcionamento: aberta todos os dias (exceto 1º de janeiro, domingo de Páscoa, 1º de novembro e 24/25 de dezembro).

De 1º de abril a 31 de outubro, das 7:30 às 19:30
De 2 de novembro a 31 de março, das 8h às 17h.

Entrada: 84 PNL (cerca de R$ 84).

Já viu os outros posts sobre a Cracóvia?
Confira aqui: Centro antigo de Cracóvia e Conhecendo o bairro judeu

Beijos e até o próximo post 😉

postado por
Cleide
Paulistana de 28 anos residente em Tóquio. Começou sua jornada de descobertas na Europa, mas atualmente explora as diversidades do maior continente da terra, a Ásia!
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  1. […] aqui do blog? O conteúdo está completinho, com dicas, roteiro e relatos sobre  nossa visita à Mina de Sal de Wieliczka, à cidade do Papa João Paulo II, o campo de concentração de Auschwitz e, claro, sobre os nossos […]

  2. Luis Cordeiro 19/10/2018

    Um dos lugares que sonho em conhecer, bem na realidade este ano está a acabar e começa a estar na hora de planear as viagems de 2019 e a Polonia ta fazendo sinal!

    • cleidesousa respondeu Luis Cordeiro 22/10/2018

      Oii Luis! Você tem meu total incentivo. Vá mesmo!! hahaha
      Eu adorei a Polônia. Ela me surpreendeu em tantas coisas… história, culinária, passeios, suas perdas, reconquistas… Vale muito a pena. Se vc decidir por visitar, volte aqui pra me contar o que achou, ok? haha