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Todos os anos, o site Ethical Traveler, uma organização sem fins lucrativos, escolhe os 10 melhores “destinos éticos” para se visitar. Listando lugares sustentáveis e éticos, responsáveis por promover os direitos humanos, a preservação do meio ambiente e o bem estar da sociedade.

Na última semana, o site divulgou a lista atualizada com os 10 melhores destinos de 2020, e neste post eu trago quais foram os destinos escolhidos, um resumo do conteúdo divulgado pela página e o motivo pelo qual cada país foi escolhido, continue a leitura e confira.

10 “destinos éticos” do mundo para 2020

O texto oficial destaca que, apesar dos tempos difíceis em que vivemos, diversos destinos seguem firmes na luta para defender os direitos humanos e a proteção da democracia. Mas além desses problemas, a humanidade enfrenta outro perigo intimamente relacionado: mudanças climáticas.

Incêndios florestais, secas e aumento do nível do mar já estão impactando milhões de pessoas. E na contramão, os Estados Unidos agora defendem políticas regressivas que ignoram ou negam as descobertas da comunidade científica sobre esse tema.

Porém, é principalmente em momentos como este que nos beneficiamos com a troca e o envolvimento além das fronteiras. Estabelecer um terreno comum com nossos semelhantes promove a esperança e o otimismo.

Quando deixamos nossa zona de conforto e exploramos o desconhecido, ficamos mais receptivos, abertos para a gentileza, generosidade e humanidade de nossos semelhantes. Criamos conexões de coração para coração e lembramos do óbvio: todos nós que vivemos neste extraordinário planeta azul somos totalmente interdependentes.

Como os países são escolhidos

A Ethical Traveler analisa as políticas e práticas dos quase 200 países do mundo em desenvolvimento e, em seguida, seleciona os 10 que mais evoluíram em termos de promoção dos direitos humanos, da preservação do meio ambiente e o apoio ao bem-estar social.

A Ethical Traveler inicia sua pesquisa focando em quatro categorias gerais: proteção ambiental, bem-estar social, direitos humanos e bem-estar animal.

Para cada categoria, analisa informações do passado e do presente, a fim de entender não apenas o estado atual de um país, mas como eles mudaram ao longo do tempo.

Os vencedores, considerados destinos éticos, foram aqueles que apresentaram as melhorias mais significativas no ano passado. No entanto, para um país entrar nessa lista, ele também deve oferecer belezas naturais intocadas, ótimas atividades ao ar livre e a oportunidade de interagir com as pessoas e culturas locais de maneira enriquecedora.

Os vencedores

1. Armênia

A Armênia entra na lista, em grande parte, graças ao seu novo governo, comprometido com a energia verde. O país promete gerar 30% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis ​​até 2025. Além disso, um projeto de lei foi apresentado ao parlamento, visando criminalizar o abuso de animais, propondo multas ou prisão por crueldade, levando à morte ou desfiguração de animais.

Infelizmente a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres ainda são graves preocupações no país, assim como a violência doméstica. No entanto, a Armênia fez alguns progressos na adoção de reformas legislativas e políticas para promover a igualdade de gênero e combater a violência contra as mulheres.

2. Cabo Verde

Cabo Verde aparece na lista principalmente por conta do seu progresso na igualdade de gênero, direitos LGBT, questões ambientais e liberdade jornalística.

Em outubro de 2019, a Assembléia Nacional aprovou uma resolução apoiando a paridade de gênero e autorizando o estabelecimento de uma comissão para incentivar a igualdade de gênero nas políticas públicas. Além disso, Cabo Verde aumentou seu ranking de Liberdade de Imprensa por Repórteres sem Fronteiras, subindo quatro posições mais que em 2018.

O país também recebeu a classificação mais alta em segurança de viagens pela International SOS, a maior empresa de serviços médicos e de segurança em viagens do mundo; é o único país africano a atingir essa posição. Além disso, o país está a caminho de erradicar com sucesso a malária até 2020.

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3. Costa Rica

A Costa Rica aparece em mais um ano na lista anual de destinos éticos da Ethical Traveler por conta do seu contínuo progresso nos direitos LGBT e seu compromisso com a conservação ambiental e serviços sociais.

No lado da saúde e dos serviços humanos, a Costa Rica espera eliminar a malária em todo o país até 2022, de acordo com um relatório do Ministério da Saúde. Além disso, a Costa Rica continua acolhendo muitos refugiados nicaragüenses, venezuelanos e outros, embora isso tenha causado protestos.

4. Dominica

Embora tenha sofrido muito durante o furacão Maria, Dominica está agora trabalhando para se tornar a primeira nação resiliente ao clima do mundo. A proibição de contêineres de uso único é um passo. Um passo ainda maior é a promoção e expansão do ecoturismo.

Comparada com outras ilhas da região caribenha, a Dominica permanece intocada, com águas azuis claras e montanhas verdejantes.

Com um profundo senso de valor por sua identidade única, o país está se esforçando para proteger as comunidades e habitats locais, instalando um espírito de turismo responsável. Quase não existem redes internacionais de hotéis em evidência na ilha, e a população indígena de Dominica está ativamente envolvida em receber visitantes.

5. Jamaica

Embora ainda enfrenta graves problemas de crimes violentos, a Jamaica apresenta um progresso significativo nas frentes econômica e ambiental, que levará a um aumento do bem-estar social nos próximos anos.

O desemprego está no nível mais baixo da história, houve um progresso acentuado no domínio da dívida e a inflação está em um nível recorde.

Em 1º de janeiro de 2019, a proibição de sacolas plásticas e canudos de uso único, bem como de isopor, entrou em vigor. Um novo parque de energia solar entrou em operação em outubro, e o país espera produzir cinco gigawatts de energia verde até 2021. Além disso, o governo deve operar com 50% de energia renovável até 2030, acima da meta anterior de 30%. Em março, a Jamaica anunciou que gastaria US$ 20 milhões para proteger suas águas da pesca ilegal e incentivar o gerenciamento sustentável da pesca.

6. Mongólia

A Mongólia aparece na lista pelo 5º ano consecutivo, com progressos constantes no tratamento de preocupações em torno de poluição, mineração, migração e desenvolvimento econômico.

A Organização Internacional para as Migrações lançou um projeto de quatro anos para fortalecer a capacidade do governo de melhorar as condições dos migrantes e promover crescimento, oportunidades econômicas e proteção social para grupos vulneráveis.

Gays e transgêneros continuam sendo alvo de assédio e violência, embora tenha havido algum progresso. A força policial da Mongólia agora tem diretrizes para lidar com pessoas trans, e os policiais são treinados para tratá-las de acordo com o gênero que se identificam, independentemente de sua identificação emitida pelo Estado.

7. Palau

O pequeno país Palau, entra na lista com uma impressionante demonstração de preocupação e avanços na proteção ambiental.

Graças a uma nova Lei Nacional do Santuário Marinho, Palau continuará promovendo a conservação dos recifes e avançando para a pesca local em águas abertas e costeiras, incluindo fontes saudáveis ​​de alimentos tradicionais, como o atum. Isso reduzirá a demanda por peixes de recife e protegerá outras espécies da pesca excessiva.

Em janeiro de 2020, Palau fechará 80% de suas águas oceânicas para a pesca, criando uma imensa área marinha protegida, com o dobro do tamanho do México.

Além disso, em outubro, a União Europeia afirmou que as autoridades de Palau se comprometeram a implementar certas reformas que, consequentemente, removerão o país de sua lista de paraísos fiscais.

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8. Gâmbia

O país aparece na lista devido ao seu contínuo esforço em direção à democracia após uma ditadura de 20 anos. Em novembro de 2019, o país emitiu seu primeiro rascunho de uma nova constituição, que destaca: “A Gâmbia é um estado democrático multipartidário fundado no Estado de direito”.

Embora Gâmbia seja um país majoritariamente muçulmano, os legisladores afirmam que “Nenhuma fé deve se sentir ameaçada” pela nova constituição.

No campo ambiental, o governo da Gâmbia está aplicando os regulamentos de pesca e prendeu indivíduos por violações. O país está buscando ativamente parceiros para ajudar a estabelecer programas de energia renovável, com o objetivo de criar uma economia baseada em recursos naturais sustentáveis.

A Gâmbia também está fazendo muito para se promover como um destino turístico atraente, melhorando as comodidades dos visitantes, explorando os benefícios do ecoturismo.

9. Trindade e Tobago

Após uma decisão do tribunal superior, Trindade e Tobago anulou sua antiga lei “anti-buggery”, que criminalizava as relações sexuais entre parceiros do mesmo sexo. Apesar da luta pela igualdade total estar longe de terminar, a Ethical Traveler quer incentivar Trindade e Tobago a continuar no caminho de fortalecer as proteções anti-discriminação LGBT, incluindo-a na lista deste ano.

No que diz respeito à proteção ambiental, alguns desenvolvimentos recentes parecem indicar que mudanças positivas estão chegando. O país se juntou à Campanha Clean Seas, lançou seu primeiro programa de reciclagem e está focada na gestão de resíduos.

A ilha de Tobago, em particular, agora é considerada um dos principais destinos éticos e ecológicos, principalmente devido à Reserva Florestal Main Ridge.

10. Uruguai

O Uruguai é um dos destinos éticos frequente nessas listas da Ethical Traveler – e isso se deve principalmente a suas boas classificações em muitos dos principais índices que comparam países em desenvolvimento.

A estabilidade institucional e os baixos níveis de corrupção refletem no alto nível de confiança pública no governo.

Em 2019, o Uruguai atualizou sua lei e plano de ação contra o tráfico de pessoas e formou um novo comitê nacional para tratar da questão. O Uruguai também foi o primeiro país a aprovar a Convenção da Organização Internacional do Trabalho sobre Violência e Assédio, uma atitude que pode mudar as leis e práticas de assédio sexual em escala global.

Historicamente, o aborto no Uruguai é legal mediante solicitação, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido e o Uruguai foi pioneiro na legalização da maconha.

E aí? Gostou da lista? Concorda com ela? Lembre-se que, escolhendo um desses destinos éticos para visitar, colaboramos economicamente com o país e, assim, somos capazes de recompensar as boas obras e apoiar as melhores práticas.

O Ethical Traveler é uma organização sem fins lucrativos totalmente voluntária e um projeto do Earth Island Institute. Para ter ler o post completo e na integra, clique aqui.