Depois de muita preparação, como contei nesse post aqui, finalmente o mês de agosto chegou e, com ele, nossa tão esperada viagem para Budapeste e para o primeiro grande festival de música da Europa. Sim. Agora, vou contar pra vocês como é o Sziget Festival, em Budapeste.
Eu já tinha ido a festivais como o SWU em São Paulo, o Cruilla e o DayDream em Barcelona, mas em todos eu participei de apenas 1 dia. O Sziget foi o primeiro grande festival que fiz a jornada completa: 3 dias seguidos de acampamento e de total imersão.
Um guia completo com tudo que você precisa saber sobre o Sziget Festival, um dos maiores festivais da Europa.
Sziget significa “ilha”, em Húngaro, e “Ilha da Liberdade” é o slogan do festival.
Nem precisei buscar muito para descobrir que o Sziget já foi premiado como o melhor festival da Europa, melhor line up e maior festival. Em torno de 450 mil pessoas são esperadas todos os anos na ilha. Em 2018 eu estava no meio dessa galera! <3
No sábado de manhã, após dois dias de turismo por Budapeste, arrumamos nossas malas e partimos para a Ilha da Liberdade.
Nos programamos para chegar no festival por volta da hora do almoço, assim teríamos tempo de sobra para buscar um lugar legal para montar a nossa barraca antes de ir para os primeiros shows do dia.
Como chegar em Sziget
Chegar na ilha é bem fácil. Fomos de metrô até a estação Batthyány tér e de lá pegamos o trem H5 (Szentendre) e descemos na estação Filatorigáta. Ao sair do trem, já demos de cara com uma região mais isolada e totalmente diferente do que estávamos acostumados em Budapeste.
Com a gente, outras dezenas – pra não dizer centenas – de pessoas desembarcaram. Grupos de amigos, casais, famílias, alguns com mochila de camping, outros já vestidos a caráter para os shows do dia… nitidamente todos, assim como nós, curtiriam um dia inteiro de música e festa na ilha de Sziget.
Em menos de cinco minutos de caminhada chegamos nas bilheterias do festival. São organizadas em diferentes filas para quem já possui as entradas e precisa apenas trocá-las por pulseiras, e para quem ainda precisa comprá-las.
Uma coisa muito legal dessas pulserinhas de festival é que elas contam com o sistema cashless, que também funcionam como meio de pagamento. A gente só precisa se dirigir a um dos postos espalhados pelo festival para colocar crédito e pronto. Já pode usá-la para comprar qualquer coisa no festival.
Passando pela bilheteria e com as pulseiras no braço, só resta passar pelos scanners de segurança para entrar de vez no Sziget Festival.
Camping
O evento começou numa quarta-feira, mas nós só chegamos no sábado. Isso significa que quando chegamos lá, os melhores lugares para acampar já estavam ocupados. 😓 É claro que, pelos diferentes tipos de ingressos, existem grupos que chegam e partem o tempo todo. Mesmo assim, eu e o Marcelo sofremos um pouco até encontrar um bom lugar para montar nossa barraca.
O grande desafio era achar um lugar nem tão perto e nem tão longe dos palcos principais e com um solo plano suficiente para que a gente conseguisse descansar. Demorou um pouco, mas achamos um lugarzinho (o que não significa que era perfeito, hahaha).
Felizmente, passamos pouquíssimas horas na barraca, isso porque além do calor infernal que fazia dentro da barraca (acho que batia nos 40ºC) a gente ainda tinha de ficar lutando com as CENTENAS de aranhas que insistiam em dominar o nosso espaço. Aff, foi uma briga intensa, mas com muito repelente, vencemos! hahaha
A estrutura do evento
Me lembro bem da sensação que tive quando entrei na ilha e vi realmente de perto como é o Sziget Festival. Uma energia incrível. É como entrar num enorme parque de diversões… gente de todos os estilos, de todos os lugares, dançando, bebendo e curtindo as centenas de atrações montadas só para aqueles dias.
O festival se torna uma verdadeira cidade, construída ao redor de um rio e muitas árvores. E digo cidade porque o que eles constroem para realizar o evento é impressionante.
O evento conta com supermercado, lojas, cabeleireiro, lavanderia, zona de camping, circo, cinema, uma espécie de delegacia com policiais a postos para manter a segurança do local, posto de saúde, centro psicológico para ajudar pessoas com crises durante o evento… Ufa! E muitas outras coisas.
Durante as 24 horas do dia, onde quer que você vá, uma atração diferente estará acontecendo. Dá até uma certa angústia não conseguir ver tudo – como quando eu perdi a apresentação do Goo Goo Dolls –, mas é absolutamente impossível se inteirar e participar de todas as atrações.
E ao longo dos 108 hectares da ilha, em um cantinho ou outro a gente encontra uma atração totalmente inesperada. Um exemplo disso foi quando, num momento qualquer da noite, resolvi ir ao banheiro e, entre as várias cabines, entrei em um perfeitamente normal olhando de fora. Mas quando entrei vi que não havia nem pia nem vaso sanitário. Havia apenas uma porta camuflada, que dava para um corredor estreito, que levava a um quarto com muitas luzes, Djs tocando e muita gente dançando. O banheiro era, na verdade, uma RAVE, hahaha. Incrível!
Nossos dias no Sziget festival
Dormíamos sempre muito tarde e acordávamos sempre bem cedo, por causa do barulho e do calor absurdo que fazia.
As primeiras horas do dia eram as melhores para usar as duchas e fazer compras no supermercado. Era lá que comprávamos nosso café da manhã antes de irmos passar o dia na prainha. Sim, existe uma prainha às margens do rio Danúbio – aquele que corta Budapeste –, com uma estrutura de sofás, cadeiras, redes e bungalows para a galera aproveitar e relaxar antes dos shows. Essa era a minha parte preferida, inclusive porque dava para fazer aulas de dança e ioga ali durante o dia.
Revezávamos nossas refeições entre as barracas de comida espalhadas pela ilha e a “churrascaria” instalada ao lado do supermercado para assar nossa própria comida. E essa última era, com certeza, a melhor opção.
Passávamos as tardes andando pela ilha tentando descobrir e aproveitar um pouquinho de tudo que estava rolando na ilha. Uma dessas áreas era a dos workshops, onde nos ofereciam e ensinavam uma série de trabalhos manuais, como fazer nosso próprio acessório para o festival, por exemplo. Não consegui fazer nada bonito de verdade, mas era muito divertido tentar, hahaha.
Já no meio da tarde, nos arrumávamos para curtir os shows. Ficávamos atentos à programação para não perdermos nossos preferidos.
No sábado, nosso primeiro dia, assistimos principalmente Bastille e o nosso show mais esperado: Mumford & Sons. Nossos favoritos do domingo foram Liam Gallagher e – a maravilhosa – Dua Lipa! E a segunda-feira, nosso o terceiro e último dia, fechou de uma maneira surpreendente. Isso porque o show da MØ, do Shawn Mendes e do Kygo foram absolutamente incríveis. Cheio de luzes e emoção. Muito além do que estávamos esperando.
Por maior que fosse o nosso cansaço, nossa vontade era ficar um pouco mais ali. Curtir mais a loucura e a energia do que é um evento como esse.
No quarto dia de manhã arrumamos nossas coisas e partimos direto para o aeroporto. Saímos realizados por viver uma experiência tão incrível e certos de que nos planejaríamos para viver outras aventuras como essa.
Assista o vídeo e veja como foram os nossos dias por lá!
Quer ouvir uma playlist com todos os artistas do evento reunidos? Eu criei uma lista lá no Spotify, então clica aqui pra ouvir!
Beijos e até o próximo post!
😉
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Marcelo Amaral 23/01/2019
Que lindo amor!! Me emocionei lendo esse post, foi realmente incrivel!
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