história
A maioria de nossas viagens é feita para nos tirar um pouco das tensões do dia a dia, relaxar e espairecer. Sim… quase sempre. Porque se o destino é a Polônia, não é bem assim. Como eu já comentei nos outros posts aqui, este país é cheio de história, encantos e gente simpática. Mas foi lá que eu tive uma das experiências mais chocantes da minha vida. Um banho de realidade mais triste e cruel.
Incluímos Auschwitz em nosso roteiro e fomos sem saber muito bem como seria essa visita.
Como chegarFomos de carro. São 70km saindo da Cracóvia e a viagem leva cerca de 1 hora. Mas se você não pretende ir de carro, veja outras opções:
ExcursãoÉ a opção mais prática, mas também a mais cara. Você vai e volta com eles. As empresas geralmente oferecem o transporte e a visita guiada (normalmente em inglês ou espanhol) dentro dos campos. Custa em torno de R$ 140 por pessoa.
TremO primeiro trem saindo da estação central da Cracóvia parte às 7h e chega em Oświęcim (estação mais próxima de Auschwitz) às 9h.
De Oświęcim até o campo você pode ir caminhando (em torno de 2km) ou de ônibus, que sai de um ponto em frente à estação. Os preços e horários atualizados você pode conferir aqui.
Também saem da estação central da Cracóvia e param na estação central de Oświęcim. Mas alguns deles – os que tiverem escrito uma parada em “Oświęcim, (Muzeum) ul.Leszczyńsk” – param lá na entrada do campo de concentração. Os preços e horários atualizados você pode conferir aqui.
A visitaPara entrar é preciso passar por um controle de segurança,
Se você não viu o post descobrindo a Cracóvia – Parte 1, clique aqui e confira o tour que fizemos pelo centro antigo da Cracóvia.
Kazimierz – O Bairro JudeuDurante este tour visitamos as sinagogas, as ruas principais, o gueto e finalizamos em frente à fábrica Schindler. A existência do Bairro Judeu não tem nenhuma relação com a Segunda Guerra, apesar de sugerir isto. O bairro já existia desde 1335, quando muitos judeus escolheram a Polônia para viver, já que o país sempre fui muito tolerante.
EscadariaUma das paradas foi neste pátio, uma espécie de vila que foi cenário para o filme A Lista de Schindler – cena em que os personagens são arrastados de suas casas para o campo de concentração. No filme, esse local é retratado como um dos pátios do gueto, mas na verdade ele fica em Kazimierz.
Sinagoga de RemuhEssa é uma das Sinagogas mais antigas e que ainda funciona. Foi utilizada como escritório na época do Holocausto, mas foi reformada e voltou a funcionar normalmente no pós-guerra. Durante o tour, conhecemos a parte interna do local; não sei se tivemos sorte ou se eles realmente permitem a entrada de grupos.
O guetoAinda fico chocada ao lembrar das histórias que o guia ia nos contando enquanto a gente caminhava pelas ruas do bairro. Aqui foi onde conhecemos as histórias mais tristes. Antes da guerra, quase todos os judeus moravam no bairro Kazimierz – o Bairro Judeu. Mas na metade dos anos 40, em meio à Guerra, eles foram expulsos, arrastados e obrigados a se mudar para o gueto, uma região do outro lado do rio. Onde antes viviam 3 mil pessoas, passaram a viver 15 mil. Várias famílias eram amontoadas em apartamentos super apertados e viviam passando fome,
Um dos primeiros países que conheci na Europa foi a Polônia. Eu, o Marcelo e um casal de amigos queríamos esquiar (seria a nossa primeira vez) e, como já era março, teria de ser um lugar bastante frio. Neste quesito, a Polônia ganha.
Na época, e ainda hoje, quando falávamos sobre essa viagem, todo mundo se surpreendia: “nossa, Polônia? Mas por quê?”. Influenciada por esses comentários, eu não criei grandes expectativas.
Normalmente, a Polônia não está incluída nas listas de lugares incríveis que “devemos” visitar. Mas, apesar de tudo (ou talvez justamente por isso), esse foi um dos lugares mais incríveis e surpreendentes que já visitei.
Nossos planos incluíam conhecer a Cracóvia e alguns outros lugares também no sul da Polônia. A Cracóvia é o principal destino turístico do país. Foi a capital da Polônia até o século 16 e é uma das poucas cidades conservadas após a Segunda Guerra Mundial.
Para facilitar nossas andanças, alugamos um carro na saída do aeroporto, na chegada à Cracóvia. Como a maioria das cidades da Europa, ela também tem excelente sistema de transporte público. E as principais atrações ficam no centro, onde dá para andar com muita facilidade.
O que vimos em Cracóvia BarbacãUma fortaleza que defendia o Portão de São Floriano, na entrada da cidade. Foi a primeira coisa que vimos antes de entrar na cidade velha. Foi emocionante ver todos esses lugares e imaginar o quão antigo era aquilo e quanta história havia ali.
Cidade AntigaFicamos hospedados no centro velho, que antigamente era cercado por uma muralha que protegia de possíveis invasões. Hoje, o que sobrou foi o Portão de São Floriano, que fica embaixo de uma torre construída no século 14, que dá acesso ao que antes era toda a cidade de Cracóvia.