Sim! dá. E é isso que você vai ver no relato da primeira convidada especial do blog. A Clarisse, minha irmã amada que visitou Bruges enquanto passeava pela Bélgica. Ela presenteou o blog com esse post detalhado sobre a cidade. Se antes eu já lamentava o fato de não ter incluído Bruges no meu roteiro, agora o arrependimento é ainda maior. Por isso, confira o post abaixo e programe-se pra não deixá-la de fora.
Vamos ao post!
O verdadeiro significado de uma “cidade charmosa” pode ser entendido em Bruges (ou Brugge, em flamengo), na região nordeste da Bélgica. Pequenininha e cheia de encantos, ela tem todas as características de conto de fadas (menos as fadas, acho). Construções medievais bem preservadas e ruas de paralelepípedo, muitos canais e pontes, além de lojinhas de chocolate e waffle decoradas com flores… Tudo isso faz de Bruges uma cidade verdadeiramente romântica. Um destino ideal para curtir a dois, mas também com família, amigos… ou sozinho, como eu a conheci!
Quando decidi ir à Bélgica, a primeira coisa que eu queria entender era como chegar a Bruges. Depois, como iria me comunicar, já que as duas línguas oficiais são o neerlandês e o francês. Na pitoresca Bruges é um pouco mais complicado. Lá eles falam o flamengo, uma derivação do holandês, e o neerlandês. Ainda são bem poucos os que falam inglês.
Um dia é suficiente para conhecer a pequena Bruges. De Bruxelas são 99 Km, pouco mais de uma hora de viagem. Ou seja, dá para fazer um bate-volta tranquilamente de carro, trem ou ônibus. Eu escolhi a opção excursão guiada porque o custo/benefício para mim era bem mais vantajoso (entenda melhor mais abaixo, em “como chegar”).
O que ver
O primeiro ponto para quem chega da estação e caminha até o centro é o Lago do Amor, no Minnewaterpark. O nome seria uma homenagem a um apaixonado que teria se suicidado ali por não poder ficar com a sua amada, por proibição da família dela, segundo diz uma lenda. Já dá para ter uma ideia da razão pela qual Bruges tem fama de romântica.
Andando mais à frente, fica um pequeno portal, que dá acesso ao Sint-Janshospitaal, um dos hospitais mais antigos do mundo, de cuidados paliativos, que ainda recebe pacientes em estágio terminal. Na construção medieval também funciona um museu, com acervo de mais de 800 anos.
O passeio continua pelas ruazinhas estreitas até a Igreja de Nossa Senhora (Onze-Lieve-Vrouwekerk), e sua torre de 122 metros. É a primeira coisa que se vê quando chega à cidade, pois é o ponto mais alto. Nesta igreja está a Madonna de Bruges, uma estátua de Michelangelo. A obra foi protagonista no filme “Caçadores de obras primas”, estrelado por George Clooney e Matt Damon, entre outros astros.
Atrás da Igreja fica um dos pontos mais românticos e fotografados da cidade: a ponte de São Bonifácio, de 1910. Ela é pequena, mas super fotogênica. Por isso, às vezes pode ser difícil conseguir tirar uma foto. Eu estive numa segunda-feira no início de julho (comecinho do verão), então Bruges estava relativamente “vazia”. Segundo o guia, aos finais de semana ela costuma ficar bem cheia.
Bem pertinho dali fica a Cathedral de São Salvador (Sint-Salvator), a igreja mais antiga, dos tempos romanos. Seguindo pela rua Dijver, à beira de um canal cheio de árvores e construções antigas, chega-se ao “Bruges Photo Point”. Sim, o local tem esse nome porque oferece uma vista bem bonita dos canais e dos barquinhos navegando e das belas construções… O que garante boas imagens (se você tiver a sorte de encontrar um bom “fotógrafo”! Ahaha… #nãofoiomeucaso).
Mais adiante fica uma praça com muitos restaurantes, a Huidenvettersplein. Aqui os preços não são tão convidativos, mas o ambiente é bastante agradável, com mesinhas na rua. E atravessando mais um canal, o ponto seguinte é um dos mais visitados: Burg. Essa é uma praça onde fica o prédio da prefeitura da cidade, uma construção imponente e lindíssima.
Na grande praça Burg ficam ainda outros prédios igualmente belos e que valem a visita, como o palácio de Franc de Bruges e a basílica do Santo Sangue. Essa última é assim chamada porque guarda o que seria uma relíquia do Sangue de Cristo. A igreja fica na parte de cima do prédio e é lindíssima por dentro, com afrescos belíssimos. Em um altar, na lateral, fica a relíquia. É possível visitá-la e tocá-la (claro, deixando uma caixinha).
A praça também abriga várias lojinhas com preços mais em conta. Há uma espécie de galeria, onde é possível comprar lembrancinhas, assim como um café bem charmosinho, chamado Ter Steeghere, ideal para provar waffle. Para quem deseja degustar as cervejas da região, vale a pena o Struise, um bar com vários rótulos belgas.
A parada seguinte (por volta da hora do almoço) é na praça central (Grand Place) ou como é chamada “Grote Markt”. É ali que estão os prédios mais esplendorosos de Bruges, com fachadas bastante peculiares. Também ficam ali bares e restaurantes para todos os gostos (e bolsos).
O Campanário é, sem dúvida, o prédio que mais chama atenção. A torre construída em 1200 tem um sino de 6 toneladas. É dali que se tem uma das melhores vistas 360° de Bruges. O único problema é que, para apreciar a paisagem, é preciso encarar nada mais, nada menos que 366 degraus, além de uma filinha nada básica. Eu, na verdade, nem pensei na possibilidade! Para quem faz questão, a subida custa 10 euros. Boa sorte! 🙂
É na Grote Markt que ficam aquelas casinhas coloridas, grudadinhas umas nas outras – cartão postal de Bruges. Nem preciso dizer quantas pessoas miram suas máquinas fotográficas para a construção, né!? Eu, inclusive.
É ali também onde estão as principais lojas de chocolates, como a Godiva. Para encontrar preços melhores, no entanto, a dica é andar pelas ruazinhas nas laterais, que também estão cheias de lojas de chocolates, supermercados e bares e restaurantes mais em conta e tão bons quanto (aliás, por onde circulam e almoçam/jantam os moradores).
Passeio de barco
Ao perambular pelas ruas de Bruges, dá para ver que o que não falta são canais. E onde tem canal, tem passeio de barco, não é mesmo!? Aqui esses passeios são uma boa pedida. Isso porque, se você andou pela cidade sem um guia, terá a oportunidade de ouvir a história de Bruges contada pelo guia/condutor durante meia hora de passeio. O ponto de partida fica perto da Igreja de Nossa Senhora e o custo é de 8 euros.
Como chegar
- Trem: é o meio mais utilizado para viajar de Bruxelas. O trem parte das estações Norte, Central, Midi e Aeroporto. A mais usual é Midi (sempre das plataformas 9 e 11). A passagem custa 15 euros o trecho.
- Ônibus: empresas como a FlixBus fazem o trecho Bruxelas – Bruges, mas o tempo gasto acaba sendo um pouco mais demorado e os horários não são bons. Para quem tem tempo, pode ser uma boa opção.
- Excursão (em espanhol): essa foi a opção que escolhi. Por três motivos: primeiro para evitar confusões na estação de trem (língua, direções etc); segundo porque seria mais barato e; por fim, porque eu teria um guia. O passeio de um dia com duração de 9h30 custou 29 euros, incluindo o guia e as passagens de ida e volta de bus.
A excursão parte às 8h de um ponto marcado pela empresa e chega a Bruges por volta das 9h20. Até a hora do almoço passeamos ao lado do guia. Depois, tivemos 4 horas livres para aproveitar a cidade como queríamos. No fim do dia, sério… eu já não tinha mais o que ver e fazer. Partimos de volta para Bruxelas às 17h30. Para quem se interessar, eu comprei pelo Get Your Guide e a empresa era a Buendia Tours.
É isso… Amei Bruges!
Tá planejando uma viagem para Bruxelas?
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