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Depois da visita às Minas de Sal de Wieliczka, seguimos nossa viagem rumo a uma pequena cidadezinha que fica no sudoeste da Cracóvia, chamada Wadowice. Apesar do tamanho, ela atrai muitos turistas por um motivo especial: é a cidade do Papa João Paulo II, local onde ele nasceu. Tenho de confessar que esse nem era o nosso plano inicial. Alias, a gente nem sabia se a cidade do Papa era perto de onde estávamos ou não.

Porém, durante nossos dias na Cracóvia – cidade onde ele se tornou padre, bispo, arcebispo, cardeal e só saiu quando passou de Karol Wojtyla a Papa João Paulo II – vimos tanto sobre a sua história que pensamos: “por que não incluir uma tarde em Wadowice?” Existem algumas oportunidades que a gente não pode deixar passar, não é mesmo? Sabe Deus quando eu teria outra chance de conhecer… Então, fomos.

Sobre Wadowice

A cidade do Papa é pequena, mas muito charmosa. Fica no interior da Polônia, localizada a uns 50km de Cracóvia, que atrai pessoas (religiosas ou não) de todas as partes do mundo que desejam conhecer um pouco sobre a origem e história dos primeiros anos da vida de um dos papas mais queridos da história.

Chegamos bem cedinho na cidade do Papa – lembro-me que fazia um suuper frioo 😬 – e fomos direto para a praça principal (que, inclusive, leva o nome do Papa), onde estão lojas, bancos, restaurantes, o prédio da prefeitura (que antes da Segunda Guerra era o lugar onde Karol Wojtyla passou seus primeiros anos na escola) e a Basílica da Nossa Senhora, onde Karol Wojtyla foi batizado.

A casa onde morou o Papa João Paulo II

Mas foi na rua Koscielna, número 7, que o Papa João Paulo morou até os seus 18 anos.

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Depois de passar alguns dias na região central de Cracóvia, fomos visitar as Minas de Sal de Wieliczka. Apesar de não serem muito procuradas pelos turistas, como o campo de concentração de Auschwitz, as Minas estão na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco e, só por isso, imaginávamos que a visita valeria a pena.

Como chegar?

Conforme comentei no primeiro post sobre a Polônia, alugamos um carro para facilitar todos os passeios. Por isso, o percurso de Cracóvia até as Minas de Sal foi bem fácil. No total são 15 km, que a gente fez em 25-30 minutos. Andei pesquisando um pouquinho e vi que também há opções para quem não pretende alugar carro:

Excursão

Neste caso, você não precisa se preocupar com nada. Eles levam e trazem de volta ao ponto de encontro. Essa é opção mais confortável, mas a mais cara. O preço varia de acordo com cada empresa, mas está em torno de 120 PLN (cerca de R$ 120). Neste valor geralmente estão inclusos transporte, guia de língua portuguesa e entrada, claro.

Trem

Quem deseja ir de trem, é preciso embarcar na estação central de Cracóvia (Dworzec Główny PKP Kraków) e descer na estação Wieliczka Rynek Kopalnia.

Ônibus

O ponto de partida fica ao lado da Galeria Krakowska e o número do ônibus é 304. Essa é a opção mais barata, mas leve em conta que você também gastará mais tempo para chegar, já que, neste caso, há muitas paradas.

Como é a visita?

Na entrada, pegamos uma pequena fila para comprar os ingressos e escolhemos o horário mais próximo. O bilhete equivale a um tour em grupo no idioma de preferência. Infelizmente, eles não disponibilizam tour em português. Por isso, optamos pelo inglês.

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Se você não viu o post descobrindo a Cracóvia – Parte 1, clique aqui e confira o tour que fizemos pelo centro antigo da Cracóvia.

Kazimierz – O Bairro Judeu

Durante este tour visitamos as sinagogas, as ruas principais, o gueto e finalizamos em frente à fábrica Schindler. A existência do Bairro Judeu não tem nenhuma relação com a Segunda Guerra, apesar de sugerir isto. O bairro já existia desde 1335, quando muitos judeus escolheram a Polônia para viver, já que o país sempre fui muito tolerante.

Escadaria

Uma das paradas foi neste pátio, uma espécie de vila que foi cenário para o filme A Lista de Schindler – cena em que os personagens são arrastados de suas casas para o campo de concentração. No filme, esse local é retratado como um dos pátios do gueto, mas na verdade ele fica em Kazimierz.

Sinagoga de Remuh

Essa é uma das Sinagogas mais antigas e que ainda funciona. Foi utilizada como escritório na época do Holocausto, mas foi reformada e voltou a funcionar normalmente no pós-guerra. Durante o tour, conhecemos a parte interna do local; não sei se tivemos sorte ou se eles realmente permitem a entrada de grupos.

O gueto

Ainda fico chocada ao lembrar das histórias que o guia ia nos contando enquanto a gente caminhava pelas ruas do bairro. Aqui foi onde conhecemos as histórias mais tristes. Antes da guerra, quase todos os judeus moravam no bairro Kazimierz – o Bairro Judeu. Mas na metade dos anos 40, em meio à Guerra, eles foram expulsos, arrastados e obrigados a se mudar para o gueto, uma região do outro lado do rio. Onde antes viviam 3 mil pessoas, passaram a viver 15 mil. Várias famílias eram amontoadas em apartamentos super apertados e viviam passando fome,

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Um dos primeiros países que conheci na Europa foi a Polônia. Eu, o Marcelo e um casal de amigos queríamos esquiar (seria a nossa primeira vez) e, como já era março, teria de ser um lugar bastante frio. Neste quesito, a Polônia ganha.
Na época, e ainda hoje, quando falávamos sobre essa viagem, todo mundo se surpreendia: “nossa, Polônia? Mas por quê?”. Influenciada por esses comentários, eu não criei grandes expectativas.

Normalmente, a Polônia não está incluída nas listas de lugares incríveis que “devemos” visitar. Mas, apesar de tudo (ou talvez justamente por isso), esse foi um dos lugares mais incríveis e surpreendentes que já visitei.

Nossos planos incluíam conhecer a Cracóvia e alguns outros lugares também no sul da Polônia. A Cracóvia é o principal destino turístico do país. Foi a capital da Polônia até o século 16 e é uma das poucas cidades conservadas após a Segunda Guerra Mundial.

Para facilitar nossas andanças, alugamos um carro na saída do aeroporto, na chegada à Cracóvia. Como a maioria das cidades da Europa, ela também tem excelente sistema de transporte público. E as principais atrações ficam no centro, onde dá para andar com muita facilidade.

O que vimos em Cracóvia Barbacã

Uma fortaleza que defendia o Portão de São Floriano, na entrada da cidade. Foi a primeira coisa que vimos antes de entrar na cidade velha. Foi emocionante ver todos esses lugares e imaginar o quão antigo era aquilo e quanta história havia ali.

Cidade Antiga

Ficamos hospedados no centro velho, que antigamente era cercado por uma muralha que protegia de possíveis invasões. Hoje, o que sobrou foi o Portão de São Floriano, que fica embaixo de uma torre construída no século 14, que dá acesso ao que antes era toda a cidade de Cracóvia.