Se você não viu o post descobrindo a Cracóvia – Parte 1, clique aqui e confira o tour que fizemos pelo centro antigo da Cracóvia.
Kazimierz – O Bairro Judeu
Durante este tour visitamos as sinagogas, as ruas principais, o gueto e finalizamos em frente à fábrica Schindler. A existência do Bairro Judeu não tem nenhuma relação com a Segunda Guerra, apesar de sugerir isto. O bairro já existia desde 1335, quando muitos judeus escolheram a Polônia para viver, já que o país sempre fui muito tolerante.
Escadaria
Uma das paradas foi neste pátio, uma espécie de vila que foi cenário para o filme A Lista de Schindler – cena em que os personagens são arrastados de suas casas para o campo de concentração. No filme, esse local é retratado como um dos pátios do gueto, mas na verdade ele fica em Kazimierz.
Sinagoga de Remuh
Essa é uma das Sinagogas mais antigas e que ainda funciona. Foi utilizada como escritório na época do Holocausto, mas foi reformada e voltou a funcionar normalmente no pós-guerra. Durante o tour, conhecemos a parte interna do local; não sei se tivemos sorte ou se eles realmente permitem a entrada de grupos.
O gueto
Ainda fico chocada ao lembrar das histórias que o guia ia nos contando enquanto a gente caminhava pelas ruas do bairro. Aqui foi onde conhecemos as histórias mais tristes. Antes da guerra, quase todos os judeus moravam no bairro Kazimierz – o Bairro Judeu. Mas na metade dos anos 40, em meio à Guerra, eles foram expulsos, arrastados e obrigados a se mudar para o gueto, uma região do outro lado do rio. Onde antes viviam 3 mil pessoas, passaram a viver 15 mil. Várias famílias eram amontoadas em apartamentos super apertados e viviam passando fome, na pobreza e com muitas doenças. Só existiam dois destinos para essas pessoas: “trabalho” forçado em Auschwitz, ou a morte.
Na praça do gueto existe este memorial em homenagem aos judeus, com cadeiras vazias que simboliza tudo que os judeus tiveram de deixar para trás quando foram expulsos de suas casas.
A Fábrica de Schindler
A história por trás dessa fábrica é bem conhecida, né? Quem aí ainda não assistiu à Lista de Schindler, assista! Vale a pena! O filme narra a história real de um homem – do partido nazista – que empregou mais de mil judeus para poupá-los dos campos de concentração e da morte. Hoje, a antiga fábrica abriga um museu, que exibe na entrada as fotos e os nomes de todas as pessoas que foram salvas por Schindler.
Todas as histórias de crueldade que conhecemos, pelos filmes e livros, são tão chocantes e assustadoras que até parecem irreais. Era essa a sensação que eu tinha até conhecer pessoalmente a Polônia, a Cracóvia, o Bairro Judeu, os campos de concentração, Auschwitz…
Eu nunca vou encontrar palavras para descrever a real sensação. É pesado, triste e assustador demais.
Mas você acha que nós encontramos uma população fechada, de poucos amigos e sem sorriso no rosto? A resposta é: não. Encontramos um lugar animado, com pessoas simpáticas e acolhedoras. Orgulhosas de tudo que enfrentaram e por terem sido capazes de reconstruir suas vidas mesmo por cima de escombros e sangue. É ou não é de se surpreender?!
Já viu todos os posts sobre a Polônia aqui do blog?
O conteúdo está completinho, com dicas, roteiro e relatos sobre nossa visita à Mina de Sal de Wieliczka, à cidade do Papa João Paulo II, o campo de concentração de Auschwitz e, claro, sobre os nossos dias de esqui em Bialka.
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Beijos e até o próximo post 😉
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