Um dos primeiros países que conheci na Europa foi a Polônia. Eu, o Marcelo e um casal de amigos queríamos esquiar (seria a nossa primeira vez) e, como já era março, teria de ser um lugar bastante frio. Neste quesito, a Polônia ganha.
Na época, e ainda hoje, quando falávamos sobre essa viagem, todo mundo se surpreendia: “nossa, Polônia? Mas por quê?”. Influenciada por esses comentários, eu não criei grandes expectativas.
Normalmente, a Polônia não está incluída nas listas de lugares incríveis que “devemos” visitar. Mas, apesar de tudo (ou talvez justamente por isso), esse foi um dos lugares mais incríveis e surpreendentes que já visitei.
Nossos planos incluíam conhecer a Cracóvia e alguns outros lugares também no sul da Polônia. A Cracóvia é o principal destino turístico do país. Foi a capital da Polônia até o século 16 e é uma das poucas cidades conservadas após a Segunda Guerra Mundial.
Para facilitar nossas andanças, alugamos um carro na saída do aeroporto, na chegada à Cracóvia. Como a maioria das cidades da Europa, ela também tem excelente sistema de transporte público. E as principais atrações ficam no centro, onde dá para andar com muita facilidade.
O que vimos em Cracóvia
Barbacã
Uma fortaleza que defendia o Portão de São Floriano, na entrada da cidade. Foi a primeira coisa que vimos antes de entrar na cidade velha. Foi emocionante ver todos esses lugares e imaginar o quão antigo era aquilo e quanta história havia ali.
Cidade Antiga
Ficamos hospedados no centro velho, que antigamente era cercado por uma muralha que protegia de possíveis invasões. Hoje, o que sobrou foi o Portão de São Floriano, que fica embaixo de uma torre construída no século 14, que dá acesso ao que antes era toda a cidade de Cracóvia.
Muralha – Parque Planty
Onde antes havia essa muralha, hoje existe o parque Planty, que contorna toda a cidade antiga, separando-a do lado moderno. Um contraste incrível!
A cidade é pequena, por isso é bem tranquilo passear a pé. Para não perdermos nenhuma atração, optamos por fazer os famosos walking tours. Inclusive, acho que foi na Polônia que fiz esse tipo de tour pela primeira vez.
As duas principais empresas (que conheço), que têm guias em várias cidades do mundo, são estas:
Na Cracóvia estávamos inspirados, fizemos 3 tours, hahah: um que passa pelos pontos turísticos da cidade antiga, outro pelo Bairro Judeu e o terceiro (um pouco inusitado), chamado “Cracóvia Macabra”, que conta as lendas assustadoras de serial killers que já passaram por ali ao longo de vários séculos. 😬
Tour pelo centro antigo
Praça do Mercado
No tour do centro antigo começamos pela Praça do Mercado. Ela é enorme, repleta de lojas, livrarias, igrejas e restaurantes, por isso ficamos ali durante muito tempo. Comemos várias vezes nas barraquinhas dessa praça. E foi aqui que provamos os famosos Pierogis, um pastel cozido e recheado de carne moída (é estranho mesmo, hahaha…). E nos acabamos nas carnes, linguiças e no queijos de cabra.
Galeria do Sukiennice
Esse era um importante centro comercial do século 15, que exportava artigos têxteis – também está localizada na Praça do Mercado. Passeamos pelas lojinhas de lembrancinhas e percebemos que hoje a estrela da galeria é o Âmbar, pedra semipreciosa dourada que eles usam para produzir quase tudo: colares, pulseiras, anéis etc. É tudo muito bonito, mas também… muito caro. Fiquei só olhando mesmo. 😅
Basílica de Santa Maria
É uma das principais atrações e o cartão postal da cidade. É a primeira coisa que a gente vê assim que chega na Praça do Mercado. Ela chama atenção principalmente pelas torres de tamanhos diferentes. Do alto de uma delas, a cada hora, um trompetista toca um trecho de uma música e logo para, inesperadamente. Uma homenagem ao verdadeiro trompetista, que, em 1240, tocou essa mesma canção para avisar sobre uma invasão. Antes de terminar a música, ele morreu ao receber uma flechada na garganta.
Igreja de São Pedro e São Paulo
Durante algumas noites ocorrem concertos clássicos na igreja. Tivemos a sorte de estar lá justamente em uma dessas noites e pudemos conhecê-la por dentro de uma maneira bem diferente. É muito bonita e bem preservada.
Castelo Real de Wawel
Por fim, no século 17 esse castelo foi residência oficial dos reis Polacos e, durante a Segunda Guerra, foi quartel-general do governador nazista da Polônia.
Acha que acabou!? Nãooo! Esta foi somente a primeira parte de nossa viagem à Polônia. Nos próximos posts vou contar sobre nosso tour pelo Bairro Judeu, nossa visita à Mina de Sal de Wieliczka, à cidade do Papa João Paulo II, ao campo de concentração de Auschwitz e, finalmente, sobre os nossos dias em Bialka, onde esquiamos pela primeira vez.
Viu!? Não falei que a Polônia era um destino surpreendente? Tantas belezas, histórias, lugares, perdas, reconquistas… Clique no links e veja o roteiro e todas as dicas sobre os lugares que passamos.
Beijos 😙
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Marcelo Amaral 29/01/2018
Verdade foi surpreendente! Nossa que legal recordar 🙂